Ministro também enviou ofĂcio para a Procuradoria Geral de Justiça do RJ. Operação policial no Jacarezinho nesta quinta (6) se tornou a mais letal da história fluminense: 25 morreram. Fachin pede providĂȘncias para a PGR sobre operação policial no Jacarezinho
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta sexta-feira (7) ofĂcios para a Procuradoria Geral da RepĂșblica (PGR) e para a Procuradoria Geral de Justiça do Rio de Janeiro (PGJ) sobre a operação policial no Jacarezinho. Nos documentos, o ministro cita possĂvel "execução arbitrĂĄria".
A operação da PolĂcia Civil no Jacarezinho, no Rio de Janeiro, aconteceu nesta quinta-feira (6) e se tornou a mais letal da história fluminense: 25 pessoas morreram.
Moradores denunciaram, em vĂdeos publicados em redes sociais e em relatos à Defensoria PĂșblica, que suspeitos foram executados durante a operação, mesmo tendo se rendido. A polĂcia nega qualquer irregularidade.
VĂDEO: Moradores relatam cenas de terror no Jacarezinho
Os ofĂcios foram feitos com base em vĂdeos que Fachin recebeu da operação do NĂșcleo de Assessoria JurĂdica UniversitĂĄria Popular Luiza Mahin, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que foram repassados à PGR e ao MP do Rio para anĂĄlise e providĂȘncias.
"Os fatos relatados parecem graves e, em um dos vĂdeos, hĂĄ indĂcios de atos que, em tese, poderiam configurar execução arbitrĂĄria", disse Fachin.
"Certo de que Vossa ExcelĂȘncia adotarĂĄ as providĂȘncias devidas, solicito que mantenha este Relator informado das medidas tomadas e, eventualmente, da responsabilização dos envolvidos nos fatos constantes do vĂdeo", afirmou.
CNJ
O Observatório dos Direitos Humanos do Poder JudiciĂĄrio, vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujo presidente é o ministro Luiz Fux, que preside o Supremo Tribunal Federal, divulgou nota em que pede apuração "ampla e célere" sobre as mortes no Jacarezinho.
Na nota, o órgão se solidariza com as famĂlias das vĂtimas e informa que acompanharĂĄ as investigações.
"Consideramos que a perda dessas vidas deve ser apurada de maneira ampla e célere, para se assegurar uma efetiva garantia dos direitos fundamentais da inviolabilidade à vida, à liberdade e à segurança", diz o texto da nota.
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