Fachin cita possível 'execução arbitrária' em ofício à PGR sobre operação no Jacarezinho

Por Redação em 07/05/2021 às 15:45:09

Ministro também enviou ofĂ­cio para a Procuradoria Geral de Justiça do RJ. Operação policial no Jacarezinho nesta quinta (6) se tornou a mais letal da história fluminense: 25 morreram. Fachin pede providĂȘncias para a PGR sobre operação policial no Jacarezinho

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta sexta-feira (7) ofĂ­cios para a Procuradoria Geral da RepĂșblica (PGR) e para a Procuradoria Geral de Justiça do Rio de Janeiro (PGJ) sobre a operação policial no Jacarezinho. Nos documentos, o ministro cita possĂ­vel "execução arbitrĂĄria".

A operação da PolĂ­cia Civil no Jacarezinho, no Rio de Janeiro, aconteceu nesta quinta-feira (6) e se tornou a mais letal da história fluminense: 25 pessoas morreram.

Moradores denunciaram, em vĂ­deos publicados em redes sociais e em relatos à Defensoria PĂșblica, que suspeitos foram executados durante a operação, mesmo tendo se rendido. A polĂ­cia nega qualquer irregularidade.

VÍDEO: Moradores relatam cenas de terror no Jacarezinho

Os ofĂ­cios foram feitos com base em vĂ­deos que Fachin recebeu da operação do NĂșcleo de Assessoria JurĂ­dica UniversitĂĄria Popular Luiza Mahin, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que foram repassados à PGR e ao MP do Rio para anĂĄlise e providĂȘncias.

"Os fatos relatados parecem graves e, em um dos vĂ­deos, hĂĄ indĂ­cios de atos que, em tese, poderiam configurar execução arbitrĂĄria", disse Fachin.

"Certo de que Vossa ExcelĂȘncia adotarĂĄ as providĂȘncias devidas, solicito que mantenha este Relator informado das medidas tomadas e, eventualmente, da responsabilização dos envolvidos nos fatos constantes do vĂ­deo", afirmou.

CNJ

O Observatório dos Direitos Humanos do Poder JudiciĂĄrio, vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujo presidente é o ministro Luiz Fux, que preside o Supremo Tribunal Federal, divulgou nota em que pede apuração "ampla e célere" sobre as mortes no Jacarezinho.

Na nota, o órgão se solidariza com as famĂ­lias das vĂ­timas e informa que acompanharĂĄ as investigações.

"Consideramos que a perda dessas vidas deve ser apurada de maneira ampla e célere, para se assegurar uma efetiva garantia dos direitos fundamentais da inviolabilidade à vida, à liberdade e à segurança", diz o texto da nota.

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Fonte: G1

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